segunda-feira, 11 de julho de 2011

Os sefarditas em israel

Embora o sionismo tente passar a imagem de que o povo judeu dependa da existência do Estado de Israel, omite-se o fato de que os judeus sefarditas (chamados de mizrahim, cuja tradução seria "orientais") se integraram aos povos nos quais escolheram morar. Enquanto os judeus Asquenazes eram perseguidos na Europa, em países como o Marrocos (que mesmo com as colonizações ao norte da África se manteve árabe), encontravam-se judeus vivendo com plenos direitos, inclusive tendo importantes cargos governamentais, como ministros, por exemplo.


                                         Grupo de judeus sefarditas

Após a criação do Estado de Israel, muitos sefarditas se viram obrigados a saírem de seus países de origem, devido ao temor de sofrerem retaliações aos atos do judeu europeu sionista. Muitos largaram uma vida bem-sucedida em países arabes para agregarem-se aos kibutz. Por muito tempo, se vende a ideia de que estes kibutz seriam aldeias socialistas em sua essência. O que ocorre, na verdade, é a exploração dos sefarditas pelo asquenazes. O asquenaze teria um certo rancor histórico: por serem mais fechados que os sefarditas, não se integraram aos países onde viviam. Exerciam profissões mal vistas ou mal remuneradas, como engraxates, donos de prostibulos, etc. Hoje, os sefarditas sao cidadãos de segunda classe, servindo como mao-de-obra barata e tendo sua identidade cultural tolhida. Nos kibutz, exercem os trabalhos mais pesados, recebendo muito menos que o judeu europeu. nas escolas não aprendem seu idioma, o ladino, apenas o iídiche. A história é contada do ponto de vista do asquenaze, como se o sefardita nao fosse judeu (acontece algo semelhante no Brasil, nao se aprende muito a respeito dos colonizados ou escravizados, apenas do europeu). Em 1949, referindo-se aos sefarditas, o jornalista Arye Gelblum escreveu:

Esta é uma imigração racial sem precedentes no país [...] Estamos lidando com gente cujo primitivismo chegou ao ápice, cujo grau de conhecimento é praticamente a ignorância absoluta, e, pior, com pouco talento para compreender qualquer coisa que seja intelectual. Em termos gerais, eles são ligeiramente superiores à média dos árabes, negros e berberes das mesmas regiões. De qualquer forma, são inferiores até mesmo ao que percebemos dos primeiros árabes da Eretz Israel [...] A esses judeus também faltam raízes no judaísmo, uma vez que estão totalmente sujeitados aos arbítrios de instintos selvagens e primitivos [...] Assim como os africanos, jogam cartas a dinheiro, bebem e prostituem-se. A maioria deles tem graves doenças oculares, sexuais e de pele, sem mencionar os roubos e furtos. Indolência crônica e aversão ao trabalho, nada se salva neste elemento associal [...] A "Aliyat HaNaar" [a organização oficial responsável por imigrantes jovens] recusa-se a receber crianças marroquinas e os kibutzim não querem nem ouvir falar em recebê-los.

Nas conversas entre judeus europeus, os sefarditas são às vezes chamados de "schwartze-chaies" ou "animais negros". Eis o relato de Amnon Dankner do jornal HaAretz:

Esta guerra [entre os asquenazes e os sefarditas] não será entre irmãos, não porque não haverá guerra, mas porque não há irmãos. Porque, se eu tiver de fazer parte dessa guerra, que está sendo imposta a mim, recuso-me a chamar o outro lado de irmão. Eles não são meus irmãos, não são minhas irmãs, deixem-me em paz, eu não tenho irmã [...] Eles colocam o manto pegajoso do amor a Israel sobre a minha cabeça e pedem para eu ser condescendente quanto às deficiências culturais dos sentimentos legítimos de discriminação [...] eles me colocam em uma jaula com um babuíno histérico e dizem: "Pronto, agora vocês estão juntos, podem começar o diálogo". E eu não tenho escolha. O babuíno está contra mim, o guarda está contra mim, e os profetas do amor de Israel ficam de lado e dão uma piscadela perspicaz para mim, que significa: "Fale direito com ele. Jogue uma banana para ele. Afinal de contas, vocês são irmãos [...]"

O que ocorre lá não difere em nada das outras colonizações européias. Aqueles que relacionam o anti-sionismo com o anti-semitismo deveriam refletir. Pois foi o sionismo que transformou o sefardita em um cidadão de segunda classe. Foi o sionismo que retirou dos palestinos o direito legítimo de viver em sua terra. Deveriam considerar também, que Israel é o maior violador do Direito Internacional, junto de seu padrinho EUA (fundamentalista cristão?).

Bibliografia recomendada:

 O Amor Mais Forte que a Morte: Sionismo e Resistencia Palestina - Lacaze, Marie Theréze
 La Discriminacion de los Judios Orientales en Israel - Sayeg, Hilda Sa Aban
 Os Sefarditas em Israel: O sionismo do ponto de vista das vitimas judaicas - Shohat, Ella

quarta-feira, 9 de março de 2011

Nota de Roger Waters sob acusação de anti-semitismo

Retirado de seu site oficial (http://www.roger-waters.com/news/)

A note from Roger - September 30, 2010


Em uma notícia recente da Foxnews / online, posteriormente abreviado em The London Evening Standard, Abraham Foxman, diretor da ADL (Anti-Defamation League), nos EUA, acusa a minha nova produção de "The Wall" e, por implicação a mim, de anti-semitismo. Uma acusação grave que exige uma resposta. Teria o Sr. Foxman que vir ao meu show antes de julgar e comentar publicamente, já que não há anti-semitismo no show "The Wall". A música à qual ele se refere, "Goodbye Blue Sky", descreve como as pessoas comuns, militares e civis, são sofrens com traumas no rescaldo da guerra. Os recursos visuais que acompanham a música mostram bombardeiros B52 soltando vários símbolos das baías de bomba em uma paisagem devastada pela guerra. Os símbolos são: em nenhuma ordem especial, um crucifixo, uma foice e martelo, uma estrela de David, um crescente e a estrela, um sinal de Mercedes, um sinal de dólar, e um logo da Shell Oil. A preocupação de Sr Foxman era que, potencialmente, a justaposição de uma estrela de David e um sinal de dólar poderia incitar o ódio aos judeus. Contrariamente à afirmação do Sr. Foxman, não há significados ocultos na ordem ou justaposição desses símbolos. O ponto que eu estou tentando mostrar na música é que o bombardeio que estamos todos sujeitos em conflitos de ideologias religiosas, políticas e económicas só nos incentiva a voltar-nos um contra um outro, e eu lamento a perda simultânea de vida.
Na medida em que o The Wall tem uma mensagem política, ela é buscar iluminar a nossa condição, e encontrar novas formas para incentivar a paz e a compreensão, em particular no Oriente Médio.
Aliás, vindo da Inglaterra, eu nunca tinha ouvido falar da ADL, até hoje, mas eu pesquisei e vi a sua declaração de missão de 1913 que o seu objetivo não é só defender o povo judeu de difamação, mas também, e cito, "para garantir justiça e tratamento equitativo a todos os cidadãos igualmente e para por um fim à discriminação injusta e desleal contra qualquer seita ou grupo de cidadãos". Talvez todos nós devemos focalizar naquele ideal sublime e parar de ficar no canto atirando pedras uns nos outros.

Roger Waters

terça-feira, 8 de março de 2011

Líderes Israelenses

Eis uma lista com os líderes de Israel e seu passado:

Yigal Allon - militar israelense responsável pela invasão da cidade palestina de Lydda e pelo massacre de 250 homens, mulheres e crianças em 1948. A ordem era atirar em qualquer pessoa vista nas ruas. Premiado com a chefia de governo de israel em 1969.

Yitzhak Rabin - o comandante-chefe da Operação Danny, que varreu as cidades palestinas de Lydda e Ramleh em 1948, que resultou num êxodo de cerca de 70.000 palestinos das suas terras ancestrais. Como recompensa, foi primeiro-ministro de israel de 1974 a 1977 e de 1992 a 1995.

Menachem Begin - líder do grupo terrorista Irgun, idealizador do atentado ao hotel King David de Jerusalém em 1946. Primeiro-ministro de israel de 1977 a 1981 e de 1981 a 1986.

Yitzhak Shamir - líder do grupo terrorista Lehi, mandante do assassinato do conde Folke Bernadotte, representante da ONU no Oriente Médio, salvador de judeus durante a 2º Guerra Mundial e denunciador das atrocidades sionistas na Palestina em 1948. Recompensado como chefe de governo de israel por 4 vezes entre 1983 e 1992.

Ehud Barak - participante da Operação Primavera da Juventude onde, vestido de mulher, assassinou membro da Organização para a Libertação da Palestina em 1973. Eleito primeiro-ministro de israel de 1999 a 2001.

Ariel Sharon - comandante no massacre de Qybia em 1953, onde foram trucidados 69 palestinos, muitos deles crianças. Já adivinharam? Primeiro-ministro de israel, óbvio, de 3 vezes, de 2001a 2006.

Ehud Olmert - filho de Bella e Mordechai Olmert, fundadores do grupo terrorista Irgun. Grupo terrorista sionista, não muçulmano. Chefe de governo de israel de 2006 a 2009.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Fundador do Pink Floyd adere ao boicote cultural a Israel

Retirado do site http://www.vermelho.org.br:

O fundador da banda Pink Floyd, Roger Waters, junta-se à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel e apela aos colegas da indústria da música e a artistas de outras áreas para que adiram também. A adesão foi anunciada neste domingo (6). Músicas como Another Brick in the Wall Part 2 serviram de hino da juventude negra sul-africana contra o apartheid e, mais tarde, também foi cantada por jovens palestinos contra o muro que Israel construiu nos territórios ocupados.


 
Waters apelou aos colegas da indústria da música e a artistas de outras áreas para aderirem à campanha até que termine a ocupação e a colonização de todas as terras árabes e o muro seja desmantelado; sejam reconhecidos os direitos fundamentais dos cidadãos árabe-palestinos de Israel em plena igualdade; e sejam respeitados, protegidos e promovidos os direitos dos refugiados palestinos de regressar às suas casas e propriedades, como estipulado na resolução 194 da ONU.
Leia na íntegra a carta aberta divulgada pelo músico britânico.


Carta aberta de Roger Waters

Em 1980, uma canção que escrevi, Another Brick in the Wall Part 2, foi proibida pelo governo da África do Sul porque estava sendo usada por crianças negras sul-africanas para reivindicar o seu direito a uma educação igual. Esse governo de apartheid impôs um bloqueio cultural, por assim dizer, sobre algumas canções, incluindo a minha.

Vinte e cinco anos mais tarde, em 2005, crianças palestinas que participavam num festival na Cisjordânia usaram a canção para protestar contra o muro do apartheid israelita. Elas cantavam: “Não precisamos da ocupação! Não precisamos do muro racista!” Nessa altura, eu não tinha ainda visto com os meus olhos aquilo sobre o que elas estavam a cantar.

Um ano mais tarde, em 2006, fui contratado para atuar em Telavive.

Palestinos do movimento de boicote acadêmico e cultural a Israel exortaram-me a reconsiderar. Eu já tinha me manifestado contra o muro, mas não tinha a certeza de que um boicote cultural fosse a via certa. Os defensores palestinos de um boicote me pediram que visitasse o território palestino ocupado para ver o muro com os meus olhos antes de tomar uma decisão. Eu concordei.

Sob a proteção das Nações Unidas, visitei Jerusalém e Belém. Nada podia estar preparado para aquilo que vi nesse dia. O muro é um edifício revoltante. Ele é policiado por jovens soldados israelitas que me trataram, observador casual de um outro mundo, com uma agressão cheia de desprezo. Se foi assim comigo, um estrangeiro, imaginem o que deve ser com os palestinos, com os subproletários, com os portadores de autorizações.

Soube então que a minha consciência não me permitiria me afastar desse muro, do destino dos palestinos que conheci, pessoas cujas vidas são esmagadas diariamente de mil e uma maneiras pela ocupação de Israel. Em solidariedade, e de alguma forma por impotência, escrevi no muro, naquele dia: “Não precisamos do controle das ideias”.

Tomando nesse momento consciência que a minha presença num palco de Telavive iria legitimar involuntariamente a opressão que estava a testemunhar, cancelei o concerto no estádio de futebol de Telavive e trasnferi para Neve Shalom, uma comunidade agrícola dedicada a criar pintinhos e também, admiravelmente, à cooperação entre pessoas de crenças diferentes, onde muçulmanos, cristãos e judeus vivem e trabalham lado a lado em harmonia.

Contra todas as expectativas, ele se tornou o maior evento musical da curta história de Israel. 60 mil fãs lutaram contra engarrafamentos de trânsito para assistir. Foi extraordinariamente comovente para mim e para a minha banda e, no fim do concerto, fui levado a exortar os jovens que ali estavam agrupados a exigirem ao seu governo que tentasse chegar à paz com os seus vizinhos e que respeitasse os direitos civis dos palestinos que vivem em Israel.

Infelizmente, nos anos que se seguiram, o governo israelita não fez nenhuma tentativa para implementar legislação que garanta aos árabes israelitas direitos civis iguais aos que têm os judeus israelitas, e o muro cresceu, inexoravelmente, anexando cada vez mais da faixa ocidental.

Aprendi nesse dia de 2006 em Belém alguma coisa do que significa viver sob ocupação, encarcerado por trás de um muro. Significa que um agricultor palestino tem de ver oliveiras centenárias ser arrancadas. Significa que um estudante palestino não pode ir para a escola porque o checkpoint está fechado. Significa que uma mulher pode dar à luz num carro, porque o soldado não a deixará passar até ao hospital que está a dez minutos de estrada. Significa que um artista palestino não pode viajar ao estrangeiro para exibir o seu trabalho ou para mostrar um filme num festival internacional.

Para a população de Gaza, fechada numa prisão virtual por trás do muro do bloqueio ilegal de Israel, significa outra série de injustiças. Significa que as crianças vão para a cama com fome, muitas delas mal nutridas cronicamente. Significa que pais e mães, impedidos de trabalhar numa economia dizimada, não têm meios de sustentar as suas famílias. Significa que estudantes universitários com bolsas para estudar no estrangeiro têm de ver uma oportunidade escapar porque não são autorizados a viajar.

Em minha opinião, o controle repugnante e draconiano que Israel exerce sobre os palestinos de Gaza cercados e os palestinos da Cisjordânia ocupada (incluindo Jerusalém oriental), assim como a sua negação dos direitos dos refugiados de regressar às suas casas em Israel, exige que as pessoas com sentido de justiça em todo o mundo apoiem os palestinos na sua resistência civil, não violenta.

Onde os governos se recusam a atuar, as pessoas devem fazê-lo, com os meios pacíficos que tiverem à sua disposição. Para alguns, isto significou juntar-se à Marcha da Liberdade de Gaza; para outros, juntar-se à flotilha humanitária que tentou levar até Gaza a muito necessitada ajuda humanitária.

Para mim, isso significa declarar a minha intenção de me manter solidário, não só com o povo da Palestina, mas também com os muitos milhares de israelitas que discordam das políticas racistas e coloniais dos seus governos, juntando-me à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel, até que este satisfaça três direitos humanos básicos exigidos na lei internacional.

1. Pondo fim à ocupação e à colonização de todas as terras árabes [ocupadas desde 1967] e desmantelando o muro;

2. Reconhecendo os direitos fundamentais dos cidadãos árabe-palestinos de Israel em plena igualdade; e

3. Respeitando, protegendo e promovendo os direitos dos refugiados palestinos de regressar às suas casas e propriedades como estipulado na resolução 194 da ONU.

A minha convicção nasceu da ideia de que todas as pessoas merecem direitos humanos básicos. A minha posição não é anti-semita. Isto não é um ataque ao povo de Israel. Isto é, no entanto, um apelo aos meus colegas da indústria da música e também a artistas de outras áreas para que se juntem ao boicote cultural.

Os artistas tiveram razão de recusar-se a atuar na estação de Sun City na África do Sul até que o apartheid caísse e que brancos e negros gozassem dos mesmos direitos. E nós temos razão de recusar actuar em Israel até que venha o dia – e esse dia virá seguramente – em que o muro da ocupação caia e os palestinos vivam ao lado dos israelitas em paz, liberdade, justiça e dignidade, que todos eles merecem.

Tradução do Comitê Palestina

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Resolução da ONU vetada pelos EUA

         Esta foi a prova de fogo que serviu para mostrar as reais intenções do governo dos Estados Unidos diante da comunidade internacional. Não se sabia se seu dircurso que pedia a Israel que cessasse com os assentamentos era sincera, ou apenas para manter a imagem de pacificador diante de todos.

         O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou votação que decidiria se entraria em vigor uma resolução condenando a política de colonização sionista. Muitos esperavam algo de diferente da gestão Obama. Dos quinze membros do Conselho de Segurança da ONU, apenas os EUA votaram contra a resolução, usando seu poder de veto mais uma vez. Isso porque, de 2000 pra cá, os Estados Unidos utilizaram desse poder de veto 10 vezes, sendo 9 delas para manter Israel impune de algum crime.
         
          Susan Rice, representante dos EUA na ONU, declarou que a decisão de seu país se deu para "não encorajar as partes a ficarem fora das negociações". Mesmo os países europeus, tradicionais defensores de Israel, já perceberam o monstro que a ONU criou deixando o estado sionista fazer o que bem entende com os palestinos.

          Obama tentou convencer Mahmoud Abbas, chefe da Autoridade Palestina a não apresentar o projeto de resolução, o que não deu certo. O presidente dos EUA pediu para diplomatas ligarem para os governantes dos outros 14 países para convencê-los a votar contra.

          O que se aprende com isso é que 14 nações (mais de 100, se contar as que reconhecem a Paslestina como nação levando em conta as fronteiras de 1967) não tem voz na ONU. E vai continuar sendo assim: enquanto Índia, Israel e Paquistão (não signatários do pacto de não-proliferação de armas nucleares e que nunca sofrem nenhuma pressão internacional) fabricam armas nucleares, por exemplo, só o Irã (signatário do pacto de não-proliferação de armas nucleares) que ainda não tem esta tecnologia, sofre sanções. Conceitos como democracia, justiça e igualdade entre os povos são comumente usados em discursos, mas as práticas são as mesmas do imperialismo do fim do século IX, início do século XX.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Parque temático bíblico em Israel

        O governo israelense tem planos de criar um parque temático bíblico no bairro árabe (Silwan) de Jerusalém. O parque é denominado de "Jardim do Rei", e prevê a destruição de dezenas de casas palestinas coladas ao muro da cidade velha. O número de casas, teria posteriormente sido reduzido a algo em torno de vinte casas.
        Diante desta situação, palestinos atacaram com coquetéis molotov a polícia israelense. A situação é tensa, pois colonos israelenses usurparam casas do bairro e são protegidos pelos militares, ação comum em todo o território palestino ocupado pelas forças sionistas.


Algumas imagens para mostrar a deproporção de força entre os moradores não-judeus de Silwan e a polícia israelense:





        E uma imagem curiosa, um mebro do Neturei Karta prestes à atirar pedras contra a polícia israelense no mesmo bairro (Silwan), em 25 de abril de 2010. O confronto se deu após israelenses ultra-nacionalistas marcharem no bairro árabe ostentando bandeiras de Israel e zombando dos moradores palestinos. O Neturei Karta é um grupo de rabinos ativistas anti-israel. Eles entendem que o sionismo vai contra os princípios do judaísmo:

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Crise no Egito

         Os últimos acontecimentos entre as nações árabes estão surpreendendo o mundo. Por que o Egito, considerado por nós ocidentais por tanto tempo um país moderado, está enfrentado esta grave crise?

         Se formos analisar de perto, este governo nada tinha de moderado, a não ser que o conceito de moderado signifique ser aliado dos EUA e de Israel. Os Estados Unidos, que sempre tentam passar suas lições de democracia nos mostrou o quanto o governo do Egito era liberal, apoiando um ditador por 30 anos. Da mesma forma, enquanto o Irã é constantemente vigiado para não fabricar sua primeira bomba nuclear, Israel já possui várias. Nossas atenções são claramente voltadas para onde eles desejam. A Arábia Saudita, que também é regida por um regime ditatorial, é aliada dos Estados Unidos. Seria muita coincidência o fato de eles serem os maiores exportadores de petróleo do mundo?

          O fato é que, embora os Estados Unidos e Israel sejam contra, os países árabes rumam em direção da democracia depois de tantos anos na mão de déspotas. Estes ditadores só têm o poder de hoje porque os EUA foram seus maiores apoiadores.