Esta foi a prova de fogo que serviu para mostrar as reais intenções do governo dos Estados Unidos diante da comunidade internacional. Não se sabia se seu dircurso que pedia a Israel que cessasse com os assentamentos era sincera, ou apenas para manter a imagem de pacificador diante de todos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou votação que decidiria se entraria em vigor uma resolução condenando a política de colonização sionista. Muitos esperavam algo de diferente da gestão Obama. Dos quinze membros do Conselho de Segurança da ONU, apenas os EUA votaram contra a resolução, usando seu poder de veto mais uma vez. Isso porque, de 2000 pra cá, os Estados Unidos utilizaram desse poder de veto 10 vezes, sendo 9 delas para manter Israel impune de algum crime.
Susan Rice, representante dos EUA na ONU, declarou que a decisão de seu país se deu para "não encorajar as partes a ficarem fora das negociações". Mesmo os países europeus, tradicionais defensores de Israel, já perceberam o monstro que a ONU criou deixando o estado sionista fazer o que bem entende com os palestinos.
Obama tentou convencer Mahmoud Abbas, chefe da Autoridade Palestina a não apresentar o projeto de resolução, o que não deu certo. O presidente dos EUA pediu para diplomatas ligarem para os governantes dos outros 14 países para convencê-los a votar contra.
O que se aprende com isso é que 14 nações (mais de 100, se contar as que reconhecem a Paslestina como nação levando em conta as fronteiras de 1967) não tem voz na ONU. E vai continuar sendo assim: enquanto Índia, Israel e Paquistão (não signatários do pacto de não-proliferação de armas nucleares e que nunca sofrem nenhuma pressão internacional) fabricam armas nucleares, por exemplo, só o Irã (signatário do pacto de não-proliferação de armas nucleares) que ainda não tem esta tecnologia, sofre sanções. Conceitos como democracia, justiça e igualdade entre os povos são comumente usados em discursos, mas as práticas são as mesmas do imperialismo do fim do século IX, início do século XX.