O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, mais uma vez tenta bloquear as tentativas de paz. Além de continuar com os assentamentos em território palestino, pela sua postura, dificilmente irá aceitar a criação de um Estado Palestino. A política dele é a seguinte: destrói-se o vilarejo palestino para construir um novo assentamento israelense.
Quanto ao Hamas, devemos lembrar que ele chegou ao poder democraticamente. Foram eleitos pelo povo, cansado de acreditar na postura do Fatah, que acabava cedendo demais às exigências de Israel, sem contudo, ter contraprestações significativas e equivalentes. As intenções do Fatah são boas, porém o povo desejava mudanças. O Hamas, apoiado pelo povo, indiferentemente de orientação religiosa, colocou a ONU em uma sinuca. A Palestina sempre fora pressionada a adotar a democracia, e justamente esta democracia levava ao poder um grupo que nunca aceitou as concessões dadas a Israel pela OLP (Organização para a Libertação da Palestina).
Deveriam os líderes do ocidente ir contra a democracia aplicando sanções contra a Palestina e seu novo governo eleito através do voto? Mesmo sabendo do trabalho humanitário realizado pelo Hamas para auxiliar as famílias das pessoas mortas e criar escolas para as crianças?
O Hamas decidira aderir a um modo mais político de ação e até existe a possibilidade de reconhecerem Israel e trabalhar em uma solução entre dois Estados, fato que não deve ser desconsiderado. Devido à desconfiança internacional, aceitaram formar um governo de coalizão com o Fatah. O Hamas em Gaza e o Fatah na Cisjordânia.
Enquanto não houver um partido de cunho mais progressista governando Israel, será impossível conseguir a paz. Embora existam os partidos moderados em Israel, que defendem que se devolva todo território que exceda o determinado na partilha da ONU, estes acabam tendo que assistir seu governo promovendo a morte dos árabes e da população israelense neste ciclo de ataques-revides que duram décadas.
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